Vereadores da Câmara Municipal de Rio Piracicaba querem por fim a uma polêmica que envolve a denominação do Distrito de Padre Pinto, situado a 14 quilômetros no município. A localidade é popularmente conhecida por Quilombo de Caxambu, ou apenas Caxambu, mas no dia 8 de agosto de 1927 teve a denominação oficialmente alterada com o objetivo de render homenagens aos serviços prestados pelo padre Manoel Fernandes Pinto Coelho.
Durante a reunião ordinária dessa quarta-feira (14), os parlamentares aprovaram o projeto de resolução nº 510 que autoriza e convoca a realização de plebiscito para consulta popular acerca da mudança ou não de topônimo de Distrito que especifica e dá outras providências.
O projeto é assinado por todos os parlamentares e foi proposto pelo vereador Reginaldo Wanderson Catarino Azevedo (Cidadania), popularmente conhecido por Nozinho do Caxambu. “Acompanho essa inquietação da comunidade com relação à mudança de nome desde a minha infância. Penso que a população deveria ter sido ouvida na época, por isso proponho o plebiscito”, explica Nozinho.
Consta no parágrafo único do PR que os possíveis topônimos (nome geográfico próprio de região) a serem levados à consulta popular por meio de plebiscito serão, previamente, apreciados pela Fundação João Pinheiro, por meio de parecer consultivo, para evitar a ocorrência de homônimo. Posteriormente, os possíveis topônimos serão encaminhados ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Minas Gerais (TRE-MG) para a efetiva realização do plebiscito.
Também constam no PR, que caberá ao TRE expedir as normas regulamentadoras necessárias para a realização do plebiscito, bem como organizar campanhas de orientação do eleitorado local.
O PR 510 recebeu votos favoráveis dos vereadores Anderson da Silva Tavares, Antônio Augusto Bueno Mafra, Antônio de Pádua Guedes, Dirlene Aparecida Tomaz, Eraldo Pedro da Silva, Leon Fátima de Almeida e Nozinho do Caxambu. O parlamentar Juliano Mafra Gonçalves não participou da sessão e o presidente da Câmara, Sebastião Rômulo Linhares, não tem direito a voto, mas defende a realização do plebiscito. “Sou a favor de que os moradores do distrito manifestem a denominação que acharem mais conveniente, prevalecendo a democracia”, explica Rômulo.